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O empreendedor brasileiro diz: basta!, por Alfredo Cotait Neto

Por Alfredo Cotait Neto 

A decisão do governo federal de elevar ainda mais a carga tributária brasileira, com as medidas fiscais anunciadas como aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é um ato de agressão direta ao setor produtivo brasileiro. É inaceitável que, mais uma vez, o empresariado seja chamado a pagar a conta de um Estado inchado, ineficiente e gastador. 

Enquanto o mundo caminha rumo à responsabilidade fiscal e à liberdade econômica, o Brasil faz o contrário: pune quem investe, quem gera emprego e quem carrega o país nas costas. Ao encarecer o crédito, sufocar o câmbio e criar insegurança jurídica, o governo coloca uma muralha entre o Brasil e os investimentos. 

A conta não fecha. A paciência também não. Mostramos por meio da ferramenta Gasto Brasil que as contas do governo federal, estadual e municipal ultrapassaram os R$ 2 trilhões, enquanto o recolhimento de impostos, mostrado no impostômetro apresenta uma arrecadação de R$ 1,5 trilhão. 

A medida, que pode ampliar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões neste ano, é mais uma jogada de desespero para tentar cobrir um buraco fiscal sem encarar o verdadeiro problema: o tamanho do Estado e a gastança desenfreada. Mas quem vai pagar por isso? O empresário. O investidor. O trabalhador. O consumidor. Sim, o Brasil real. 

Não aceitaremos calados mais um capítulo dessa guerra contra quem produz. Não é o aumento de IOF que vai salvar as contas públicas. É a coragem de cortar gastos, reduzir desperdícios e respeitar a liberdade econômica. Ou o país enfrenta o problema de frente, com coragem para cortar gastos, ou estaremos condenados ao desemprego, à inflação e aos juros altos eternos. 

O Brasil precisa respeitar a Lei da Liberdade Econômica para crescer, não de mais impostos para afundar. O empresariado brasileiro exige que o Congresso barre essa medida para não sacrificar o setor produtivo brasileiro.

Precisamos de um Estado menor, de um governo mais responsável, e de empresários fortalecidos — não perseguidos. 

Alfredo Cotait Neto é presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp)

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