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Demanda do consumidor por crédito cresce 2,1% em novembro, diz Boa Vista

 

            A demanda do consumidor por crédito avançou 2,1% entre os meses de outubro e novembro, segundo dados da Boa Vista. O resultado superou a alta de 1,7% registrada no mês anterior e a demanda encerrou o trimestre móvel findo em novembro com elevação de 2,0%, na comparação com o trimestre de junho a agosto.

            O resultado novamente foi tímido na comparação interanual, aumento de 0,2%, mantendo o indicador numa trajetória de desaceleração nos resultados acumulados.

             No ano, o crescimento passou de 5,6% em outubro para atuais 5,1%, enquanto na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, o indicador aponta crescimento de 5,2%, ante 6,1%.

           As aberturas do indicador apresentaram comportamentos semelhantes no mês. Em novembro foram observadas altas de 1,1% no segmento “Não Financeiro” e de 3,6% no segmento “Financeiro”.

          No mesmo sentido, na comparação do trimestre móvel, o segmento “Não Financeiro” avançou 0,2% e o “Financeiro”, 4,7%.

            Por outro lado, as aberturas caminharam em direções opostas na comparação interanual, queda de 6,6% no segmento “Não Financeiro” e alta de 10,4% no segmento “Financeiro”.

             Na análise de longo prazo (12 meses) o crescimento no segmento “Financeiro” desacelerou mais um pouco, passando de 16,2% para 16,1% entre os meses de outubro e novembro, enquanto a queda observada no segmento “Não Financeiro” se acentuou, de -0,6% para -2,1% no mesmo período.

            “A elevação observada na margem pode estar associada aos eventos de fim de ano, que costumam aquecer o consumo e, consequentemente, a demanda por crédito, que foi forte até aqui, apesar de que vai encerrar o ano com uma taxa de crescimento menor em comparação ao ano passado”, diz Flávio Calife, economista da Boa Vista.

            Segundo ele, essa desaceleração já era esperada e a perspectiva é que em 2023 essa tendência seja mantida, não só pelo aumento dos juros, que naturalmente esfria o apetite do consumidor por crédito, mas pelo fato de a taxa de inadimplência ter subido bastante, algo que torna a concessão mais restritiva. (FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO)